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A educação como principal aliada para combater a desigualdade racial no Brasil

21/03/2023

Apesar de representarem mais da metade da população do país, mulheres e homens negros ocupam menos de 3% dos cargos executivos no Brasil. Nas universidades, apenas 16,4% dos professores são pretos ou pardos – no ensino superior público, o número é ainda menor: 14,4%. Dentro desse universo, 45% dos docentes negros tem mestrado e 30%, doutorado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

As discriminações começam desde o início da idade escolar, com o mito da superioridade branca e da inferioridade negra que atravessa todos os campos da educação, favorecendo a manutenção da desigualdade e interferindo diretamente na formação dessas crianças e adolescentes.

“A escola, lugar tão relevante de socialização e construção dos significados, ensina que negros são descendentes de escravos, não de pessoas comuns que foram escravizadas, sequestradas da sua terra natal”

“Eles são sempre representados de forma humilhante, a partir de estereótipos de feiura, rudeza, ignorância, primitivismo e agressividade.” ,

Marina Pereira de Almeida Mello, doutora em Antropologia Social e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

E é diante desse cenário que crianças e jovens de comunidades enfrentam o desafio de lutarem para mudar a realidade desses números, numa caminhada árdua, longa e difícil.

É preciso combater com uma educação antirracista para desconstruir “os monstros” criados e construir novos indivíduos que valorizem e convivam com as diferenças.

“Se o aluno entender o processo histórico que desencadeou a desigualdade entre negros e brancos, ele não vai reforçar o preconceito”,

Mônica do Amaral, professora do Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, das Intolerâncias e dos Conflitos da Universidade de São Paulo (USP).

A Lei 10639, tornou obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira no ensino fundamental e médio, e vimos o avanço no debate do racismo e da valorização da diversidade cultural, mas ela ainda encontra algumas barreiras como a falta de livros didáticos sobre os temas e problemas na formação de professores, sobretudo na rede pública.

Propor o diálogo e a valorização da cultura negra, trazer oficinas e exposições extraclasses, estimular a participação dos alunos e trazer mais representações negras na literatura, filmes e desenhos animados são estratégias para valorizar a diversidade e combater o racismo desde cedo.

Veja as algumas das ações promovidas aqui no Solar Meninos de Luz, que vão desde rodas e debates com representatividades, exposições, comemorações e muito mais.

Cor de orgulho e história | (meninosdeluz.org.br)

Nova exposição na área | (meninosdeluz.org.br)

https://www.youtube.com/live/x_0MVEF7-Tc?feature=share

fontes:

Educação vira arma para combater a desigualdade racial no Brasil (cnnbrasil.com.br)

Desigualdades educacionais: gênero, raça e nível socioeconômico (uol.com.br)

Desigualdade racial na educação | Observatório de Educação (institutounibanco.org.br)

Racismo: como a educação brasileira acentua desigualdade racial e apaga os heróis negros da história do Brasil – BBC News Brasil

Desigualdade racial na educação brasileira: um Guia completo para entender e combater essa realidade (geledes.org.br)

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